quarta-feira, 1 de maio de 2013

[OPINIÃO] - "Irmã", de Rosamund Lupton



O livro “Irmã” é o primeiro da escritora Rosamund Lupton e é também o primeiro que leio dela.

Uma história que nos toca no coração. Para quem tem irmãos este livro é de nos deixar com o coração nas mãos pela agonia de Beatrice na sua procura pela sua irmã, Tess.

A história inicia-se quando Beatrice recebe uma chamada da sua mãe a informar que Tess se encontra desaparecida já a alguns dias. Beatrice, que mora em Nova Iorque, deixa tudo para tras e regressa a Londres em busca do paradeiro de Tess.

Toda a história é contada na primeira pessoa por Beatrice, na forma de uma carta dirigida a Tess em que nos conta tudo desde o desaparecimento.

Durante o livro Beatrice volta ao passado lembrando a sua infância, as brincadeiras com Tess, a morte do seu irmão Leo e a doença que o levou à morte, o divórcio dos pais, a mulher que se tornou a sua me após o divórcio e o afastamento do pai. Isto serve para explicar ao longo do livro certos comportamentos das personagens.

É também descrito o relacionamento das duas irmãs, mesmo após a partida de Beatrice para Nova Iorque, mostrando que apesar da distância as irmãs eram bastante unidas.
Também na história é mostrado que as duas irmãs são pessoas muito diferentes, mas que mesmo assim conseguem viver de forma muito unida. Enquanto Beatrice é uma mulher pacata e por vezes monótona, com medo de arriscar, Tess é uma estudante de Artes, irreverente, cheia de amigos e divertida.

No entanto, apesar de ser Tess a desaparecer, Beatrice é a personagem que mais gosto. É uma personagem que nos toca, pela sua agonia na busca da irmã, mostrando um relato de irmã mais velha. Bee, como é chamada carinhosamente por Tess, vive sem qualquer emoção no início do livro e acaba por no final do livro ver a vida como uma dádiva.
A escrita da autora prende-nos. A forma como a personagem Beatrice vai contando a história a Tess acaba por nos deixar emocionados ao longo do livro.  
Lupton, junta ainda ao trama uma componente de importante relacionada com a medicina e com a doença que leva à morte de Leo, explicando-nos pormenorizadamente ensaios de genética para a cura desta doença. Este ponto demostra, que a autora fez muito trabalho de pesquisa nesta área.

Uma questão muito interessante no final do livro, e como diz a autora depois na entrevista que se faz acompanhar no mesmo, é que o final é deixado em aberto por cada leitor. Isso é uma questão que achei maravilhosa!

Uma das coisas que me cativou bastante foi a sua capa! Para quem lê o livro percebe que esta capa é mesmo Beatrice perdida no parque em busca da sua irmã, num dia típico de inverno em Londres (como pudemos conferir isso no livro). Depois a frase: “Desapareceste. Vou à tua procura…” é magnífica, mostrando-nos o desespero de Beatrice durante a sua busca.

Agora falta aguardar pela chegada do segundo livro da autora – Depois – aqui a estante de casa. Com certeza vai passar à frente de muitos outros.

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