O livro “Irmã” é o primeiro da escritora Rosamund Lupton e é
também o primeiro que leio dela.
Uma história que nos toca no coração. Para quem tem irmãos
este livro é de nos deixar com o coração nas mãos pela agonia de Beatrice na
sua procura pela sua irmã, Tess.
A história inicia-se quando Beatrice recebe uma chamada da
sua mãe a informar que Tess se encontra desaparecida já a alguns dias.
Beatrice, que mora em Nova Iorque, deixa tudo para tras e regressa a Londres em
busca do paradeiro de Tess.
Toda a história é contada na primeira pessoa por Beatrice,
na forma de uma carta dirigida a Tess em que nos conta tudo desde o
desaparecimento.
Durante o livro Beatrice volta ao passado lembrando a sua infância,
as brincadeiras com Tess, a morte do seu irmão Leo e a doença que o levou à
morte, o divórcio dos pais, a mulher que se tornou a sua me após o divórcio e o
afastamento do pai. Isto serve para explicar ao longo do livro certos
comportamentos das personagens.
É também descrito o relacionamento das duas irmãs, mesmo
após a partida de Beatrice para Nova Iorque, mostrando que apesar da distância
as irmãs eram bastante unidas.
Também na história é mostrado que as duas irmãs são pessoas
muito diferentes, mas que mesmo assim conseguem viver de forma muito unida.
Enquanto Beatrice é uma mulher pacata e por vezes monótona, com medo de arriscar,
Tess é uma estudante de Artes, irreverente, cheia de amigos e divertida.
No entanto, apesar de ser Tess a desaparecer, Beatrice é a
personagem que mais gosto. É uma personagem que nos toca, pela sua agonia na
busca da irmã, mostrando um relato de irmã mais velha. Bee, como é chamada
carinhosamente por Tess, vive sem qualquer emoção no início do livro e acaba
por no final do livro ver a vida como uma dádiva.
A escrita da autora prende-nos. A forma como a personagem
Beatrice vai contando a história a Tess acaba por nos deixar emocionados ao
longo do livro.
Lupton, junta ainda ao trama uma componente de importante
relacionada com a medicina e com a doença que leva à morte de Leo,
explicando-nos pormenorizadamente ensaios de genética para a cura desta doença.
Este ponto demostra, que a autora fez muito trabalho de pesquisa nesta área.
Uma questão muito interessante no final do livro, e como diz a autora depois na entrevista que se faz acompanhar no mesmo, é que o final é deixado em aberto por cada leitor. Isso é uma questão que achei maravilhosa!
Uma das coisas que me cativou bastante foi a sua capa! Para
quem lê o livro percebe que esta capa é mesmo Beatrice perdida no parque em
busca da sua irmã, num dia típico de inverno em Londres (como pudemos conferir
isso no livro). Depois a frase: “Desapareceste. Vou à tua procura…” é magnífica,
mostrando-nos o desespero de Beatrice durante a sua busca.
Agora falta aguardar pela
chegada do segundo livro da autora – Depois – aqui a estante de casa. Com
certeza vai passar à frente de muitos outros.
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